Viver é a coisa mais rara do mundo A maioria das pessoas apenas existe. Oscar Wilde
quinta-feira, 15 de abril de 2010
O futuro é daqui a pouco
domingo, 4 de abril de 2010
A fábula da rosa
...“Mas aconteceu que o principezinho, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E a estradas vão todas na direção dos homens.
— Bom dia, disse ele. Era um jardim cheio de rosas.
— Bom dia, disseram as rosas.
O principezinho contemplou-as. Eram todas iguais à sua flor.
— Quem sois? perguntou ele estupefato.
— Somos rosas, disseram as rosas.
— Ah! exclamou o principezinho...
E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico de uma flor sem igual, e é apenas uma rosa comum que eu possuo. Uma rosa e três vulcões que me dão pelo joelho, um dos quais extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito grande..." E, deitado na relva, ele chorou.
E foi então que apareceu a raposa:
— Bom dia, disse a raposa.
— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
— Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
— Ah! desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:
— Que quer dizer "cativar"?
— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
— Criar laços?
— Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
— Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
Mas a raposa voltou à sua idéia.
— Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
— Por favor... cativa-me! disse ela.
[...]
Depois ela acrescentou:
— Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
— Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agoraúnica no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
— Sois belas, mas vazias,disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa. Minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
— Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração.O essencial é invisível para os olhos.
— Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
— Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
— Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Tu és responsável pela rosa...”
http://www.youtube.com/watch?v=SoDHLXub_CE&feature=player_embedded
Amor, por Chico Xavier
"Diante dos obstáculos, fazer o melhor e seguir em frente.
Sempre desapontamos alguém, e sempre alguém nos desaponta. Assim como nem todos podem habitar o mesmo sitio, nem todos conseguem partilhar as mesmas idéias.
Nunca explodir, gritar, irar-se ou desanimar, e sim trabalhar. Depois de um problema, aguardar outros.
O erro ensina o caminho do acerto e o fracasso mostra o caminho da segurança. Toda realização é feita pouco a pouco.
Dos dias de catástrofe, nada de cólera ou de acusação contra alguém, e sim a obrigação de repormos o comboio do serviço nos trilhos adequados e seguir adiante.
Quem procura o bem, decerto que há de sofrer as arremetidas do mal.
Plantar o bem, através de tudo e de todos, por todos os meios lícitos ao nosso alcance, compreendendo que, se em matéria de colheita Deus pede tempo ao homem, o homem deve entregar o tempo a Deus."
Sinal Verde. Chico Xavier