domingo, 23 de maio de 2010

Cru

CRU


Vou arrancar a pele do meu corpo
Mostrar-me ao mundo sem face, sem cabelos
Sem vaidade a carregar ou que me carregue
Mostrar-me nu e mesmo desdentado
Para que até meu sorriso fique incógnito.

Vou desarmado de todos os meus medos
Despudorado do temor rançoso
Expor-me assim ao mundo como humano
E não mais casca esculpida por receios.

                                    Thiciano Duarte. Juazeiro do Norte/CE

Incrível é o poder que um poema tem para, de forma sintetica, expressar nossa revolta e aversao pelo comum, pela casca, pela mascara que necessitamos vestir para conviver "em harmonia" com a sociedade "comum".
Assim me sinto e me liberto pelos poemas...

sábado, 22 de maio de 2010

A formula do Amor

Está aí, a verdadeira fórmula do amor:



Matemática somente, sem versos, sem sons, sem rima.
Um tanto quanto cru?
Nem tanto...


Você já fez os calculos?




Olhe então no que resulta:




Estão vendo como a matemática pode também ser linda?!
=D

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mude!!

Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Mude de caminho, ande por outras ruas,
observando os lugares por onde você passa.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Descubra novos horizontes.


Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, um novo sabor,
o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
Busque novos amigos, tente novos amores.
Faça novas relações.


Experimente a gostosura da surpresa.
Troque esse monte de medo por um pouco de vida.
Ame muito, cada vez mais, e de modos diferentes.
Mude.


Dê uma chance ao inesperado.
Abrace a gostosura da Surpresa.
Sonhe só o sonho certo e realize-o todo dia.
Lembre-se de que a Vida é uma só,
e decida-se por arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais prazeroso,
mais digno, mais humano.


Abra seu coração de dentro para fora.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Exagere na criatividade.
E aproveite para fazer uma viagem longa,
se possível sem destino.


Experimente coisas diferentes, troque novamente.
Mude, de novo.


Experimente outra vez.
Você conhecerá coisas melhores e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, a energia, o entusiasmo.
Só o que está morto não muda !


Edson Marques

sábado, 1 de maio de 2010

Definitivo. Por Drummond

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.


Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:
                               Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço 

de que o desperdício da vida está no amor que não damos, 
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, 

e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional..



Assim somos: eu e essa paixão louca por Drummond.
Drummond eterno...