terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ao 2012 que chega


Que comece agora.


E que seja permanente essa vontade de ir além daquilo que me espera.
E que eu espero também.


Uma vontade de ser.


Aquela, que nasceu comigo e que me arrasta até a borda pra ver as flores que deixei de rastro pelo caminho.
Que me dê cadência das atitudes na hora de agir.
Que eu saiba puxar lá do fundo do baú, o jeito de sorrir pros nãos da vida.
Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais.
Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelo anjo que mora comigo.
Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos.
Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim.
Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve.
Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior.
Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver

*atribuído a Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Acaso


Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso. "


                                 Antoine de Saint-Exupéry

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sumiço


Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

domingo, 4 de dezembro de 2011

Encontro Consigo


Quanto mais nos concentramos no mundo à nossa volta menos somos capazes de perceber que o nosso equilíbrio/harmonia/bem-estar depende essencialmente do nosso Eu profundo.
 E é precisamente nesses momentos a que chamamos de "bem-estar" (ou estado Zenai, no meu caso, para alguns pode ser  "felicidade") que constatamos que afinal está tudo cá dentro, no nosso mundo mais íntimo e reservado. E que tudo tem de vir (necessariamente) de dentro para fora e não o inverso.