terça-feira, 13 de julho de 2010

Quase..

Belo Veríssimo para um dia de chuva..
    Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez 
é a desilusão de um quase. 
    É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata..
trazendo tudo que poderia ter sido.. E não foi.
    Quem quase ganhou ainda joga,
    Quem quase passou ainda estuda,
    Quem quase morreu está vivo. 
    Quem quase amou, não amou. 

    Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por MEDO ou inércia, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. 
    Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, CONTESTO. A resposta.. que eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. 
   Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
   Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. 
    O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, 
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. 

    Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência. porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. 

    Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. 
    De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. 
    Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. 
    Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. 
  Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque,
embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.



segunda-feira, 12 de julho de 2010

Síndrome dos 20 e tantos...

A chamam de ‘crise do quarto de vida’.
          Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
          Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc.
         E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
        As multidões já não são 'tão divertidas'... E às vezes até lhe incomodam.
        E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
        Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
       Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
       Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
       Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal.
       Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
       Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar.
       Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado(a) para se comprometer pelo resto da vida.
       Os rolés e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
       Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
       Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
       Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer.
       Suas opiniões se tornam mais fortes.
       Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.
       Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... Apenas com medo e confuso (a).
       De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais, e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
       Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E como construir uma vida para você.
       E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.
       O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos...
       Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16... Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!
       FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO... QUE ELE NÃO PASSE EM VÃO!
       

       A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego!