quinta-feira, 26 de abril de 2012

Janta

Eu quis te conhecer
Mas, tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o “não dá”...
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade...



Escutem esse som:
http://www.youtube.com/watch?v=vVHSu5pFiX8&feature=related

“Janta” fala de despedida, de adeus, de abdicar de algo e deixar nas mãos da Vida. Fala da dualidade que, volta e meia, corrói todos nós: a vontade versus a temperança. O “querer” versus o “dever”. E quando não há realmente saída, quando a encruzilhada se forma diante dos olhos, só resta entregar a algo fora de nós, talvez maior, talvez mais etéreo, o nosso próprio destino. Mas ao fazermos isso, ao entregarmos nossa Sorte à Vida, a Deus ou ao que quer que seja, ao nos reservarmos do poder de decidir o que virá, temos, aí, uma gota de esperança. Talvez esse “infinito” possa nos trazer respostas que não conhecemos, possa nos levar a lugares novos e bons, possa escolher para nós uma sina melhor, mais feliz. Assim, consentimos. E a música retrata exatamente esse depósito de esperança no destino, diante da impossibilidade de continuar-se da maneira que está. 

Por Carolina Pavanelli



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